quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Artigo

TV e vídeo: para além de apenas mais um recurso em sala de aula[1]

Adelina Braga[2]

Resumo: O presente artigo visa abordar como TV e vídeo podem representar muito mais que apenas meros recursos para educadores e educandos, demonstrando que os mesmos devem ser desencadeadores de idéias, tornando a prática pedagógica significativa tanto para um, quanto para o outro, e de que forma este processo muda as práticas educacionais tradicionais já instituídas na escola.

Palavras chaves: TV, vídeo, ensino-aprendizagem, transformação.

1 – Introdução

A TV, desde seu surgimento, possuidora de uma linguagem própria e usada na maioria das vezes como forma de entretenimento, passou a fazer parte do cotidiano das pessoas. É inegável como estas são contagiadas desde os programas infantis às telenovelas. Isso é algo que já faz parte da cultura da maioria da população brasileira.

Com o avanço tecnológico, algo é sempre substituído ou aprimorado. O mesmo ocorre nas escolas. Com o advento das novas tecnologias, o livro didático, o quadro negro e o giz estão começando a dar lugar a outras linguagens, outros recursos que passam a ser utilizados no processo ensino-aprendizagem, dentre estes a TV e o vídeo. É aí que está o perigo, TV e vídeo são utilizados apenas como mais uma ferramenta para auxílio do professor, substituição do mesmo, ou apenas um passa-tempo.

2 – TV e produção de vídeo na escola

A escola que se propõe a inovações precisa estar flexível a experimentar o novo, preparando-se para o desafio de inserir no processo ensino-aprendizagem as novas tecnologias, mudando dos modelos pré-estabelecidos da educação tradicional para uma educação inovadora.

2.1 – Prática docente e produção de vídeo

Para o professor que não pretende assumir uma postura conservadora, é de fundamental importância que o mesmo exercite, desde o processo de sua formação, reflexões críticas acerca da prática pedagógica.

“Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. (FREIRE, 1996)

O professor não deve levar para sala de aula vídeos prontos, apenas com o intuito dos mesmos o substituir porque não programou nenhuma atividade para seus alunos. Este deve participar conjuntamente com os alunos das produções de vídeos realizadas coletivamente, pois o professor não só ensina, ele também aprende. É de grande relevância que o professor vivencie o processo fazendo uso da experimentação, e, para isso, o mesmo precisa também adquirir conhecimentos técnicos para que possa transmitir para os seus alunos segurança.

“Conviver com audiovisuais sem aprender sua dinâmica e os mecanismos de produção de significados induz a equívocos. Obter mais conhecimentos sobre dimensões técnicas e expressivas faculta sua incorporação pedagógica ao cotidiano escolar”. (CARNEIRO, s/d)

Durante o processo de criação do vídeo, o educador é também levado a instruir-se de novos conhecimentos, pois é necessário à prática pedagógica construir, desconstruir e reconstruir. Construir a partir do conhecimento das características, linguagem, possibilidades e limitações do vídeo; desconstruir, modificando meios em busca de outras soluções, estudando novamente para, reconstruir, obtendo além de mais conhecimentos técnicos, a consciência de uma prática docente crítica.

2.2 – Educandos e produção de vídeo

Praticamente todo aluno se interessa por produção de alguma coisa. Isso é favorável durante seu processo de aprendizagem, para expressar-se em sala de aula com o professor e colegas da classe, havendo dessa forma um processo de interação. Portanto, produzir vídeo, conjuntamente com o professor, implica dizer que não haverá apenas interação, e sim, interatividade, pois, haverá troca e aproveitamento de informações em ambas as partes.

“Expressar-se audiovisualmente significaria então comunicar as intenções no mesmo instante em que as emoções são suscitadas”. (FERRÉS, 1969)

Quando os alunos participam da produção de vídeo na escola, são expressos suas idéias e sentimentos. Isso pode ser exemplificado com a produção de um tele-jornal, em que cada um poderá explorar o ambiente escolar e sua comunidade, aproximando-se dos mesmos e produzindo, assim, a sua realidade. Para Vânia Carneiro, o domínio (parcial) sobre as linguagens e a produção desenvolve-se na busca das informações, ao criar roteiros, produzir imagens, sons, ao editar e montar o produto audiovisual. Diria ainda que tal produção se faz necessária para a formação da identidade desses alunos, o que significa, além de produzir arte, produzir autonomia, e produzir reflexões críticas acerca da realidade que o cerca.

2.3 – Produção de vídeo e as práticas instituídas

A produção de vídeo pode ser utilizada de diferentes formas pela instituição escolar. Porém, não é uma tarefa inteiramente fácil implementar algo novo e desconhecido, com o intuito de, de uma hora para outra, mudar a prática pedagógica da escola, pois isso requer mudanças nas práticas tradicionais já instituídas pela mesma. Assim, significa dizer que se faz necessário recompor o projeto pedagógico da instituição escolar para inserção da produção de vídeo, causando, dessa maneira, transformação em todo o sistema educativo.

Estamos aprendendo, fazendo. Os modelos de educação tradicional não nos servem mais. Por isso é importante experimentar algo novo em cada semestre. Fazer as experiências possíveis nas nossas condições concretas. Perguntar-nos no começo de cada semestre: “O que estou fazendo de diferente neste curso? O que vou propor e avaliar de forma inovadora?” Assim, pouco a pouco iremos avançando e mudando”. (MORAN, s/d)

Agora, se o vídeo for utilizado somente como ferramenta, o mesmo servirá apenas para reforçar a pedagogia tradicional. Se, por outro lado, a produção de vídeo for utilizada com a finalidade de transformar a comunicação pedagógica, esta se torna um desafio para a transformação da infra-estrutura escolar. Para que essa transformação ocorra é preciso que haja espaço para a produção, é necessário que façam parte do processo ensino-aprendizagem educadores e educandos inquietos, curiosos, criadores, além de humildes e persistentes.

3 – Conclusão

Quando a TV é lançada somente como mais um recurso, não ocorre em sala de aula o processo de interatividade, visto que os alunos são reduzidos a apenas consumidores de informações. Ouvem, podem até entender a mensagem transmitida, mas tal mensagem não se torna significante para os mesmos. Porém, o aluno não deve ser apenas consumidor, e sim produtor dos vídeos na sua escola. Isso não quer dizer que tal produção deverá substituir o professor, pois os vídeos devem ser produzidos conjuntamente, aproximando o aluno da escola, da sua realidade. O professor precisa em sua prática pedagógica refletir sobre o uso dessas tecnologias. É necessário também espaço para produção, integração e envolvimento de todos na escola, para não ser algo isolado, pois TV e vídeo não devem apenas ser considerados ferramentas, mas precisam ser transformadores pedagógicos, desencadeadores de idéias, utilizando a criatividade dos alunos e contribuindo para a sua formação, de forma a tornarem-se sujeitos críticos e reflexivos.

Referências

CARNEIRO, Vânia Lúcia Quintão. Produzindo audiovisual na escola
Produção audiovisual na escola: desenvolvimento da análise e da expressão.

Disponível em <http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/tedh/tedhtxt4a.htm>

Acessado em 20/11/2007

FERRÉS, Joan. Vídeo e Educação. 2ª ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 36ª ed. São Paulo: Paz e terra, 1996.

MORAN, José Manuel. Desafios da televisão e do vídeo à escola.

Disponível em<http://www.eca.usp.br/prof/moran/desafio.htm>

Acessado em 20/11/2007



[1] Trabalho apresentado como requisito para avaliação da disciplina Tecnologias Contemporâneas do curso de Pedagogia da Universidade Federal da Bahia / Faculdade de Educação, sob orientação da professora Dr. Maria Helena Bonilla.

[2] Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federa da Bahia – Faculdade de Educação.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

6ª Oficina de Inclusão Digital



Estive presente em duas plenárias na 6ª Oficina de Inclusão Digital no dia 27/11, pela manhã. Foram expostos temas como Cidades Digitais, Infovia Municipal e amostra do Projeto Rio Digital que será realizado na cidade Rio de Janeiro. Também foi abordado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), um programa do governo que pretende no prazo de quatro anos conectar todas escolas. Este já é um assunto para outra discursão.... Apesar de ter considerado a linguagem complexa (nomes técnicos), achei muito interessante tudo que foi exposto e me interessei para estudar mais sobre Inclusão Digital.

Aula de 26/11

Estamos chegando no final do semestre.Esta aula nos foi disponibilizada pela professora Bonilla para pôr tudo em dia: lista de discursão, moodle, blog...
É isso aí galera, vamos correr atrás do prejuízo, rsrsrsrs

Participação na produção de vídeo

Durante o processo do trabalho sobre re-montagem de computadores e produção de vídeo estive presente nas reuniões do grupo, auxiliando nas decisões, como exemplo os temas que seriam abordados e publicação no moodle. Reservei uma folga para realização das entrevistas realizadas no Colivre e Onda Digital . Pelo fato de trabalhar oito horas por dia, infelismente não pude estar presente na produção do vídeo, que foi feita na Faced no turno da tarde. Faço jus a minha colega Samantha que disponibilizou de mais tempo à produção.

Aula de 15/10

Infelizmente não pude estar presente nesta aula, mas estive pesquisando sobre os termos que foram abordados:
  • Hipertexto - Em computação, hipertexto é um sistema para a visualização de informação cujos documentos contêm referências internas para outros documentos (chamadas de links ), e para a fácil publicação, atualização e pesquisa de informação.
  • Inteligência coletiva - é um conceito surgido a partir dos debates promovidos por Pierre Lévy sobre as tecnologias da inteligência, caracterizado por um novo tipo pensamento sustentado por conexões sociais que são viáveis através da utilização das redes abertas de computação da Internet.
  • Comunidade virtual - é uma comunidade que estabelece relações num espaço virtual através de meios de comunicação a distância. Se caracteriza pela aglutinação de um grupo de indivíduos com interesses comuns que trocam experiências e informações no ambiente virtual.
  • Simulação - consiste em empregar técnicas matemáticas em computadores com o propósito de imitar um processo ou operação do mundo real. Desta forma, para ser realizada uma simulação, é necessário construir um modelo computacional que corresponda à situação real que se deseja simular.
Novos termos, novos conhecimentos.

Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia_coletiva
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_virtual

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Aula 12/11

Hoje as apresentações de seminários foram sobre Rádio e TV e Vídeo na Educação.

Rádio

Foi apresentada a diferença entre radiodifusão e radiocomunicação.
A equipe informou que utilizado na escola, o rádio desenvolve a capacidade de escrita do aluno, mas, que é preciso espaço para sua produção, ou seja, integração, envolvimento de todos da escola, para que não seja algo isolado.
Foram apresentados também projetos de rádio que são realizados em escolas de algumas cidades do país.
Muito interessante!!!

TV e Vídeo

Este foi o seminário do meu grupo.
Tópicos apresentados:
  • Histórico;
  • Manipulação;
  • TV Digital;
  • Políticas Públicas para educação(TV Escola, EAD, Telecurso...);
  • Produção e utlização de vídeo na escola;
  • Desenho animado;
  • Formação de professor (Programa Um salto para o futuro).
Espero que minha equipe tenha apresentado o tema de forma clara para todos.

No final em meio as discursões na sala, o que mais chamou minha atenção foi o fato de como são utlizados rádio, TV e Vídeo nas escolas, que os mesmos não devem ser considerados apenas ferramentas, e sim, devem ser um processo desencadeador de idéias. Não devem ser apenas consumo, e sim, produção, para que a prática pedagógica seja significativa tanto para professor, quanto para aluno.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Aula de 05/11

Houve hoje apresentação dos seminários das equipes de Impressos e Web.

Impressos e Educação

Conhecemos tipos de escritas que foram usadas acerca do tempo, entre elas estão:
  • Escrita Cuneiforme - feita em argila/ composta de mais ou menos 600 signos;
  • Escrita Ideográfica - origem da escrita chinesa/já representa uma idéia;
  • Escrita Alfabética - criada pelos fenícios e aperfeiçoada pelos gregos/ função de representação fonográfica;
  • Escrita Eletrônica - expressa pelas imagens, sons, chats, vídeos/computador
Escrita forma x Escrita eletrônica:
Uma escrita não deve substituir a outra, e sim, incorporar.

Na escola os impressos podem ser usados de diversas formas, como exemplos podemos citar o uso de jornal para produção de conhecimento dos alunos e o uso de uma revista, que também pode ser objeto de trabalho dos alunos e que fornecem aos professores uma diversidade de documentos.

WEB

Foram levantados pela equipe de Web alguns questionamentos, como: O que é Internet? Por que é importante? E se a internet deixasse de funcionar imediatamente?
Diante das discursões percebi que as novas tecnologias não devem ser consideradas apenas como um recurso para a educação ou para formação de professores, e sim, como um meio, pois a internet já é algo legitimado, não tem como achar que ela não faz parte de nossa vida, que causará um mal às crianças, visto que, as tecnologias estão presentes no nosso cotidiano.


Apresentações bastante significativas!!!